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sábado, 21 de abril de 2012

BRIE...minha paixão francesa.

 Queijo é minha terceira paixão revesando com vinho e meu lado gourmetido. Fazia tempo que queria falar sobre queijos. Originário da França o queijo Brie possui este nome por conta da região do qual é originário. Trata-se de um queijo liso e macio, de crosta rígida por fora e de constituição cremosa em seu interior fabricado com leite de vaca. Tradicionalmente cilíndrico ou redondo, tem sua crosta característica devido à ação do fungo Penicillium cândida utilizado em sua confecção. Também do fungo é oriundo seu sabor delicado, macio e suave, quando de pouca idade ou recém fabricado, ou mais apurado e marcante após certo período. De fato, têm-se observado que sua textura cremosa rodeada pela crosta característica só é alcançada com pelo menos 30 dias de curtição depois de fabricado.Tal iguaria vem sendo utilizado nos mais requintados pratos e aperitivos, principalmente no acompanhamento de um bom vinho tinto. É uma ótima opção para servir e impressionar seus convidados. Reza a lenda que dentre os seus mais notáveis apreciadores está o imperador romano Carlos Magno que, tendo em certa ocasião provado o referido queijo, rapidamente o elegeu como seu prato favorito e que nunca mais viria a faltar em sua mesa.
O queijo Brie pede pão crocantes e quanto mais cremoso for o queijo o tanino dos vinhos devem ser macios. O chardonnay, o syrah e a pinot noir podem fazer parte da festa.

domingo, 15 de abril de 2012

VIÑA HERMINIA & PANARROZ...tempranillos de agradável surpresa

 O Vinã Herminia que adquiri no outlet da Expand em vinhedos, SP me fez ver a qualidade de um espanhol...um espanhol puro sangue de cor purpura com toques de roxo, mostrando um grande frescor. Uma explosão de aromas de frutas vermelhas maduras, que me deu a sensação de estar na AP passeando pelos jambeiros abarrotados de jambos maduros, com um toque apimentado de pimenta . Mesmo incorpado no paladar, é suave, equilibrado e principalmente um vinho fácil de beber.
O Panarroz foi minha primeira experiência com a tempranillo. Foi lá no "A Forneria". O Panarroz 2006 da região de Jumilla, sudeste da Espanha, tem algo diferente nele. Muita personalidade e presença, é um vinho que, no mínimo, vale a experiência.
Na taça, sua cor um pouco mais intensa que a maioria que seus conterrâneos,  com destaque para os tons de roxo, que impõe uma agradável mistura de ferro, terra, frutas, muitas frutas, com um sutil toque de adocicado. Na boca, sua estrutura e taninos acentuados revelam a inquietação de um vinho jovem, provavelmente evoluirá por mais alguns anos. Mais frutas, geléia, chocolate, pimenta, ameixas, enfim, sabores complexos para um vinho desta categoria. É um vinho rústico, para  os  amantes da Pinot, viciados em sua maciez poderão torcer o nariz para o tempranillo. Para todos os outros, recomendo, é uma ótima oportunidade para experimentar algo diferente e expandir o paladar. Uma agradável surpresa.

TEMPRANILLO...uma uva especial

 
Falar de Tempranillo é falar de Espanha onde as primeiras videiras foram plantadas por volta do ano 1.100 aC, na região de Cádiz, perto de Jerez de La Frontera , provavelmente pelos Fenícios. Os primeiros vinhos eram adocicados e pesados. Contudo, durante o século 8º até 15º, a Espanha esteve sob ocupação dos mouros e, para a cultura desse povo, a produção de vinhos não era prioridade. Sendo assim, o desenvolvimento vitivinícola ficou estagnado até meados do século XV. Hoje a Espanha se encontra entre os três maiores produtores mundiais, sendo a maioria dos seus vinhos tintos elaborados com Tempranillo, uva ícone do país, em forma varietal ou em cortes com Garnacha, Graciano e Mazuelo e uvas internacionais como Cabernet Sauvignon e Merlot em menor escala. A origem de seu nome vem provavelmente da palavra espanhola temprano, que significa cedo, devido á precocidade de seu ciclo vegetativo em relação às outras variedades tintas da região.
Seu cultivo predomina na região de Rioja, com cerca de 70% dos vinhedos, mas está espalhada pelo país com nomes muitas vezes diferentes como; Ull de Llebre (Catalunha); Cencibel (La Mancha); Tinto Fino (Ribera Del Duero);Tinta del Pais (Ribera del Duero onde a presença é também bastante forte) e Tinta de Toro (Toro). Possui casca espessa e escura, bago de tamanho médio, acidez não muito alta e equilibrada, normalmente  produzindo vinhos com baixo teor alcoólico, variando entre 10,5 e 13 %. Em geral, os vinhos de Tempranillo são elegantes, estruturados e complexos quando passam por madeira. Seu estilo fica entre os tintos de Bourgogne e Bordeaux. Podem apresentar aromas de frutas vermelhas como morango, este aroma de frutas vermelhas maduras levou meu nariz a passear no clube da assembleia Paraense entre os jambeiros com seus frutos maduros. O caramelo me chamou a atenção pela lembrança de açúcar mascarvo ao nariz. Ao nariz lembra também  especiarias como cravo e canela. A tempranillo, tradicionalmente, é uma uva exuberante em boca e  que a complexidade aromática, quando existente, vem normalmente em corte com outras cepas que, preferencialmente, também lhe aportem maior acidez o que gera vinhos de forte presença aromática. Por suas características, é bastante resistente á oxidação o que lhe permite um maior tempo de contato com madeira, tradicionalmente carvalho americano, como nos casos dos Reservas e Gran Reservas que passam no mínimo 24 meses em barricas e uma longevidade bastante estendida.
Além da Espanha, a Tempranillo é cultivada em outros países como Portugal. No  Douro  é conhecida como Tinta Roriz e no Alentejo é conhecida como Aragonez. Na Argentina e Austrália  os vinhedos desta cepa têm aumentado exponencialmente. Dizem que será a uva do futuro. Para mim, a tempranillo está logo abaixo da dama da uva que é a pinot noir e a shiraz. Devido a sua incrível adaptabilidade aos climas continentais, ela passou a ser cultivada em regiões distantes como Austrália, Argentina, África do Sul e Estados Unidos. Os resultados são tão animadores que já se fala em a tempranillo tornar-se uma opção mais acessível que a Cabernet Sauvignon e Merlot para os mercados internacionais.

terça-feira, 3 de abril de 2012

CRIOS....um malbec rosé

Produzido na Argentina, nas regiões deAgrelo, Luján e Cuyo possue uma cor atraente que  lembra o  salmão fresco. No nariz  deliciosos  aromas de morangos e acerolas  maduras. No paladar levemente ácido e mentolado que o torna bastante agradável, boa acidez deixando a boca fresca que o torna ideal para ser apreciado ainda jovem.Acompanha muito bem entradas, salmão grelhado e tapas.Acompanha muito bem entradas, salmão grelhado, um filhote na chapa com ervas...tapas e bruschettas.

LUIGI BOSCA.... Reserva Malbec tinto

Produzido em Luján de Cuyo, Mendoza é um reserva  Malbec, Vinho vermelho-violáceo intenso. no nariz  uma mistura sensível  de cereja, ameixa, café, especiarias e pimenta. Na boca é redondo, rico em álcool, com taninos suaves, quase doce. É um vinho duradouro, memorável, elegante e com muito corpo, bem afinado. É envelhecido 14 meses em Barricas de Carvalho Francês, 12 meses em garrafa. Ideal para  acompanhar um filet mignon com especiarias ou massas. Gostoso com queijo brie, roquefort e cuia...também harmoniza com embutidos o que torna ideal para uma noite a dois ou grupo de gourmetidos em noite de vinhos e queijos.

UVAS MALBEC

 
A Uva  Malbec originaria da França se adaptou com extrema facilidade ao solo argentino ao ponto que desempenham um grande papel na produção de vinho da Argentina.   Os sabores e aromas dos vinhos feitos a partir de uvas Malbec incluem amora, cereja, ameixa e chocolate. Outras características dos vinhos Malbec incluem a forte tonalidade rubinica que chegam a colorir a taça, com taninos suaves e alta acidez. Vinhos Malbec não são tão populares como os vinhos feitos a partir de outras variedades de uva vermelha, mas sua popularidade está crescendo graças a bebedores de vinho que buscam experiências novas de vinhos do novo mundo e diferentes características. A uva Malbec continua a ser empregada na produção de vinhos em Bordeaux, na França, pois fornece a caracterítica tanto da cor  forte e seus taninos firmes.
Agora como varietal a Argentina, produz malbec encorpado com taninos muito suaves e sabores fortes de frutas. Por um tempo os produtores de vinho argentino substituiram a maioria de suas vinhas velhas de Malbec com videiras de mais "negociáveis", mas agora que o resto do mundo descobriu quão bons vinhos varietais com a uva Malbec podem ser produzidos, a Argentina está de volta ao negócio de produção de vinho Malbec. O sabor e aromas do vinhos produzidos com a uva Malbec lembram amora silvestre, ameixa, pimenta, cereja e chocolate. Também são caracterizados por possuirem um corpo médio, coloração acentuada, acidez alta e taninos fortes. Eles harmonizam com carnes vermelhas, alimentos picantes, massas, molho de tomate, assados.
 A Argentina e o Chile estão descobrindo o vinho rosé, principalmente da uva malbec. Normalmente, os vinhos rosés são vinificados pelo método de maceração curta, ou seja, vinifica-se como os vinhos tintos, partindo-se de uvas tintas, deixando-se o mosto em contato com as uvas por um período mais curto de tempo (de 03 à 24 horas), dependendo da tonalidade de cor desejada pelo produtor.
 O rosé seduz com sua delicada combinação de frutas vermelhas frescas e em conserva, aromas de cereja, framboesa e um toque de baunilha, que se mesclam em harmonia. A primeira sensação na boca é de refrescância, leveza e excelente relação entre a acidez e o doce. Logo se percebem as frutas vermelhas, sempre marcante o cítrico, metálico que permanece até o final. O rosé muito versátil, podendo ser harmonizado com diversos pratos, especialmente peixes, frutos do mar, os temperados e os agridoces.