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sábado, 20 de abril de 2013

GRENACHE...uma uva com aplausos.



Os vinhos feitos com a grenache vêm se colocando cada vez mais em moda. Seus vinhos começam a serem reconhecidos. Sua adversidade é apaixonante...tintos...rosés...brancos...secos ou doces. Ela impressiona como varietal ou acompanhada com sirhaz, mouvèrdre. Ela é versátil como artista principal ou coadjovante.
Muitos imaginam sua origem sendo francesa pois sempre está associada ao Chateauneuf-du-pape do sul do Rhonê. Na verdade esta uva tem sua origem na Espanha onde se produz uma boa garnacha, como na Espanha é conhecida. As parreiras de grenache é bastante amadeirada pois seus arbustos são perfeitos para regiões de muito vento.
A grenache tem mais nome que agente secreto da CIA pois depende da região de cultivo. Vamos lá: Alicante...Alicante bleu...garnacha negra....garnacha roja...grenache noir...ladoner...mencida...navarro...calvese...roussillon...santa maria de alcantara...tentillo...tocai rosso...uva di spagna...e muitos outros.
A grenache produz vinhos de todas as cores, tintos, brancos,rosés e de sobremesas. É a segunda uva mais cultivada do mundo na França, Espanha, EUA, Uruguay, Austrália,  África do Sul, Chile, Argentina, Turquia, Chipre, Marrocos, Israel e México. É uma uva perfeita para um blend. Tem baixa acidez, uma pele finae por acumularem uma grande quantidade de açúcar que a torna com um grande teor alcólico distribuído em taninos, cores e sabores.
Seus vinhos se apresentam com um rubi intenso, no nariz são frutados com notas de especiarias e um toque floral. Na boca são tostados e apimentados com taninos macios e maduros o que harmoniza com carne vermelha, assados, patos, ensopados e massas.
Na quinta feira, durante um jantar de 15 anos, conheci um representante da uva grenache. Perguntei ao garçon se haveria de ser servido vinho e pouco depois ele me apresentou um “La Vielle Ferme”, 2009, que me surpreendeu. Ao perguntar-lhe sobre a uva não soube responder e que buscaria alguém que pudesse dar mais informações. Enquanto isso o vinho se apresentava ao nariz um aroma frutado e lembrando canela e tostado. Na boca suave com um tanino equilibrado e um toque cítrico metálico. Me lembrou um sirhaz. Eu estava com razão e feliz. O maitre que acabara de chegar e ouviu meu palpite informou de meu parcial acerto pois o vinho tinha um blend de 50% de grenache, 20% de sirhaz, 15% de carignam e 15% de cinsaut.
Uma grande surpresa que harmonizou com um parmegiana clássico e um salmão ao gengibre.