Os vinhos feitos com a grenache
vêm se colocando cada vez mais em moda. Seus vinhos começam a serem reconhecidos.
Sua adversidade é apaixonante...tintos...rosés...brancos...secos ou doces. Ela
impressiona como varietal ou acompanhada com sirhaz, mouvèrdre. Ela é versátil
como artista principal ou coadjovante.
Muitos imaginam sua origem sendo
francesa pois sempre está associada ao Chateauneuf-du-pape do sul do Rhonê. Na
verdade esta uva tem sua origem na Espanha onde se produz uma boa garnacha,
como na Espanha é conhecida. As parreiras de grenache é bastante amadeirada
pois seus arbustos são perfeitos para regiões de muito vento.
A grenache tem mais nome que
agente secreto da CIA pois depende da região de cultivo. Vamos lá:
Alicante...Alicante bleu...garnacha negra....garnacha roja...grenache
noir...ladoner...mencida...navarro...calvese...roussillon...santa maria de
alcantara...tentillo...tocai rosso...uva di spagna...e muitos outros.
A grenache produz vinhos de todas
as cores, tintos, brancos,rosés e de sobremesas. É a segunda uva mais cultivada
do mundo na França, Espanha, EUA, Uruguay, Austrália, África do Sul, Chile, Argentina, Turquia,
Chipre, Marrocos, Israel e México. É uma uva perfeita para um blend. Tem baixa
acidez, uma pele finae por acumularem uma grande quantidade de açúcar que a
torna com um grande teor alcólico distribuído em taninos, cores e sabores.
Seus vinhos se apresentam com um
rubi intenso, no nariz são frutados com notas de especiarias e um toque floral.
Na boca são tostados e apimentados com taninos macios e maduros o que harmoniza
com carne vermelha, assados, patos, ensopados e massas.
Na quinta feira, durante um
jantar de 15 anos, conheci um representante da uva grenache. Perguntei ao
garçon se haveria de ser servido vinho e pouco depois ele me apresentou um “La
Vielle Ferme”, 2009, que me surpreendeu. Ao perguntar-lhe sobre a uva não soube
responder e que buscaria alguém que pudesse dar mais informações. Enquanto isso
o vinho se apresentava ao nariz um aroma frutado e lembrando canela e tostado. Na
boca suave com um tanino equilibrado e um toque cítrico metálico. Me lembrou um
sirhaz. Eu estava com razão e feliz. O maitre que acabara de chegar e ouviu meu
palpite informou de meu parcial acerto pois o vinho tinha um blend de 50% de
grenache, 20% de sirhaz, 15% de carignam e 15% de cinsaut.
Uma grande surpresa que harmonizou
com um parmegiana clássico e um salmão ao gengibre.
Nenhum comentário:
Postar um comentário